"Quem olha para fora sonha,
Quem olha para dentro acorda"
(Jung)

terça-feira, 22 de março de 2011

DICA: As partes do leite materno


Se você deixar uma mamadeira com leite materno descansar por uma hora, ele se separa em tres partes: de cima para baixo, você verá um líquido progressivamente mais grosso. É assim que seu leite é enquanto o bebê suga:
Primeiro 5-10 minutos: Ele é parecido com a espuma do leite. Penso nele como se fosse uma sopa, porque satisfaz a sede do bebê. É rico em oxitocina, o memo hormônio liberado durante o ato sexual e que, na mamada afeta mãe e bebê: a mãe fica bastante relaxada, semelhante a sensasão posterior ao orgasmo, e o bebê fica sonolento. Esta parte do leite também apresenta bastante parte de lactose.
Depois de 5 a 8 minutos de mamada: Mais parecido com a consistencia do leite normal, é rico em proteínas, o que é bom para os ossos e desenvolvimento do cérebro do bebê.
Depois de 15 a 18 minutos de mamada: Este é o leite grosso e cremoso e é nele que estão todas as gorduras boas. É a "sobremesa" que ajuda o bebê a ganhar peso.

Por isso é tão importante a paciência para que o bebê mame o tempo necessário  para adquirir todas as proteínas necessárias e não fique apenas "chupetando" (modo que as mamães expressam quando o bebê pega no peito por minutos e larga)

A importância da amamentação


Se as vantagens nutricionais sobre a amamentação são indiscutíveis, podemos afirmar que as vantagens psicológicas  são igualmente importantes. Costumo dizer que o leite materno é amor puro, por isso faz bem ao corpo e a mente.
O seio da mãe faz o papel do cordão umbilical, ou seja, depois que o  bebê nasce, o canal de comunicação tão estreito entre mãe e feto, é cortado. Este corte representa o rompimento da sua dependência física e da garantia de que a natureza se encarregava de alimentá-lo. No lugar, aparece a alimentação através do seio materno acima de tudo.                                                            
Este rompimento simboliza um começo de vida independente, que por ocorrer de uma forma brusca, é amenizada pelo ato de amamentar. De repente, depois do parto, o bebê está num ambiente em que sentirá tudo pela primeira vez: o ar, a temperatura, a visão, o tato. É este contato, através do peito que devolverá a segurança e o calor, estes que estavam praticamente garantidos quando estava no útero. Assim, o desligamento do corpo da mãe, pode ser lento e progressivo, até que chegará o tempo em que o bebê não mais precisará deste leite e nem desta segurança tão estreita. Isto explica também, porque o contato do bebê com o corpo da mãe, o acalma e o conforta. Ele precisa muito disso e, garanto, não ficará mal acostumado.
O desenvolvimento afetivo, então, inicia-se nesta relação que se estabelece entre mãe e bebê e este começo poderá ser decisivo para criar um vínculo de amor e confiança, tão necessários para a educação de nossos filhos.
                Já, quando falamos em educação e amamentação, uma das primeiras coisas que podemos perceber é que a  amamentação precisa ser ensinada. Há muitas pessoas que não amamentam por ignorar seus valiosos benefícios; por não saberem como amamentar, ou até quando amamentar, ou por ter aprendido conceitos totalmente estereotipados ou até errados sobre a amamentação. Por isso o investimento na mudança de hábitos, cujo caminho principal é o da  escola. A escola deveria desenvolver um senso crítico sobre a amamentação, de forma que esta atitude  ajude as pessoas, no futuro a fazerem escolhas mais conscientes e saberem de seus direitos.
                Através do ensino formal, os professores podem criar atividades que incentivem o aleitamento materno. Isto, desde bem  pequenino. Exemplo disso é um material pedagógico que distribuímos nas escolas. Trata-se de uma cartilha em que as crianças interagem em jogos que envolvem bichinhos amamentando. São pequenos atos que vão criando uma cultura da amamentação. Estas crianças serão pais e mães no futuro. Na puberdade e adolescência, embora os jovens, de longe, pensem na amamentação, a realidade têm mostrado que o índice de gravidez nesta fase tem aumentado, daí, mais uma vez,  a importância em se trabalhar com este tema. Na universidade, temos conhecimento de disciplinas no currículo voltadas exclusivamente para o aleitamento materno.
                Sem contar que as pesquisas mais atuais sobre amamentação, estão mostrando a sua relação com o desenvolvimento cognitivo. Assim, crianças que foram amamentadas até o fim do segundo ano, mostraram melhor desempenho escolar do que as que não foram. Além disso, outras conclusões que as pesquisas têm mostrado: a amamentação propicia o ótimo desenvolvimento cerebral por meio dos nutrientes e da interação, o leite materno protege os bebês de enfermidades que podem causar desnutrição e dificuldades de aprendizagem e audição; assegura interação freqüente e expõe o bebê à linguagem, ao comportamento social positivo e estímulos importantes e, finalmente, a de que a amamentação desenvolve maior agudeza e enfoque visual levando à melhor disposição à aprendizagem e à leitura.
                E claro também, que não aprendemos apenas dentro da sala de aula, o ensino informal é outro meio pelo qual aprendemos as coisas. A conversa com a vizinha, a atenção às atitudes dos pais, a consulta ao médico, ao dentista, a mensagem da propaganda, o comportamento dos atores das novelas, os outdoors da cidade, o comportamento dos políticos, etc, são alguns dos exemplos de  formas pelas quais absorvemos a vida em sociedade. Os meios de comunicação, também deveriam veicular mensagens positivas, sem informações errôneas e preconceituosas.
              A amamentação é um ato de amor e um momento que você vai estar em sintonia com o seu bebê...toque, sinta o calor de seu corpinho, cubra-o de afeto e carinho neste momento. Olhe para seu bebê, sorria  e mostre o quanto ele é querido e amado.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Psicologia da Gravidez - "Maternidade"

 
 
Este tema é voltado para a preparação psicológica da gestante e dos familiares (principalmente de "primeira viagem"), pois tão importante quanto o acompanhamento médico pré-natal é a assistência e a orientação psicológica a gestante. Cada um contribuindo para a saúde física e mental da mamãe e do bebê.
Ter um filho envolve mais que uma decisão de momento, torna-se um compromisso para toda a vida e estar grávida suscita dúvidas e temores naturais e esperados, pois toda mudança envolve perdas e ganhos. No relacionamento familiar, novas atitudes e responsabilidades surgem, e percebemos como é fundamental o esclarecimento das ansiedades e preocupações que envolvem a decisão de se ter um filho.
A gravidez pode acontecer num momento não esperado ou planejado, como é o caso de adolescentes que acreditaram que “isso” nunca aconteceria, ou mesmo de adultos que não se encontravam numa relação estável, ou de casais que priorizaram a carreira profissional frente ao desejo de construir uma família. Em qualquer desses casos, a gravidez nesse momento pode ser importuna.
Na gravidez, os pais se percebem mais vulneráveis emocionalmente e não encontram significado para suas questões mais profundas e remotas. Ocorre, então, um retorno à infância. Neste momento, o modo como cada um percebeu e vivenciou sua família de origem, irá permear todo esse período de espera; angustias e incertezas, alegrias e esperanças. Assim, o modelo de pais que tiveram constituirá a base do que pretenderão ser, imitando-os ou rejeitando-os.
A sexualidade é outro tema que causa grande preocupação nos futuros pais. Mesmo que tenham sido liberados pelo ginecologista que os assiste, é como se a relação sexual, após cumprir seu papel de preservação da espécie, perdesse a função do prazer pelo prazer.
Náuseas e vômitos, desejos e aversões, constipações e diarréias, instabilidades emocionais..., são alguns dos sintomas comuns na gravidez, mas que também trazem consigo significados psicológicos a serem desvendados.
Diversos temas podem ser abordados, sempre com objetivo de possibilitar uma vivência mais equilibrada de todas as emoções e manifestações que ocorrem na gravidez e na maternidade; tudo isso pode ser questionado e avaliado no atendimento psicoterapico. 
A terapia durante a gestação equilibra o estado emocional poupando a criança e a mãe. Ajuda a evitar a tão temida depressão pós parto e proporciona maior confiança e auto estima da mulher. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Saúde Mental e Exercício Físico



A interação mente-corpo está sendo cada vez mais alvo de interesse por parte não apenas dos médicos e dos atletas profissionais, mas da população em geral e das empresas. Uma onda de práticas esportivas, envolvendo mais e mais pessoas, está motivando profissionais da área de saúde a focarem sua atenção na estreita relação que existe entre o exercício físico e o bem-estar emocional. As empresas estão também se mobilizando para proporcionar aos empregados momentos de lazer em que se incluam exercícios físicos, apostando em um retorno positivo em termos de produtividade e de integração com os funcionários.
Cresce a cada dia o número de centros especializados em treinamento e condicionamento físico que são procurados pelas empresas para fazer parte das atividades recreativas e de lazer entre seus funcionários. Professores de educação física, fisioterapeutas, médicos do trabalho, terapeutas ocupacionais e monitores para exercícios em grupo são profissionais que muitas vezes, fazendo um trabalho combinado, podem elevar o ânimo dos operários de uma fábrica com o uso de exercícios diários. A razão disso é que as empresas já descobriram que transtornos como a ansiedade e a depressão podem significar perdas importantes para seus projetos e isso vem facilitando um novo raciocínio: ainda dentro da rotina de trabalho, os funcionários podem se exercitar, e conseqüentemente relaxar, sem que isso seja considerado ociosidade.  Em princípio, todo e qualquer exercício é benéfico e pode contribuir para a saúde mental. No entanto, exercícios nunca devem começar a ser feitos sem que a pessoa saiba quais são suas reais condições de saúde. Pessoas com problemas cardíacos, gestantes, portadores de algum problema ósseo ou articular devem sempre consultar um médico do esporte para saber quais são os exercícios adequados e permitidos para o seu caso. Mesmo as pessoas saudáveis, a título de prevenção, devem se preparar – conhecer o próprio corpo, fazer exames médicos e saber até onde podem ir com um esporte ou ginástica é fundamental para que os exercícios dêem os resultados esperados.
Igualmente, os exercícios não devem ser iniciados com ‘força total’. A pessoa não habituada a práticas físicas deve começar devagar, aumentando aos poucos os movimentos e a freqüência destes, de forma a habituar o corpo à sua nova rotina agora mais dinâmica.
E não é mais preciso forçar a própria natureza para fazer exercícios, pois opções é que não faltam: aeróbica, jogos esportivos, caminhada, exercícios dentro da água, exercícios com acompanhamento de músicas. A pessoa interessada em começar a se exercitar, hoje, pode e deve escolher o tipo de exercício que lhe seja prazeroso e acessível ao seu corpo. Influenciados pelo modismo, muitos indivíduos correm o risco de escolher para sua prática física um esporte que não combine com suas habilidades motoras ou com seu estilo de vida, e isso pode levar à desmotivação e ao abandono precoce das atividades. Ao iniciar a prática de exercícios físicos, tudo é novo e estranho. Alguns tipos de exercícios, por exemplo, podem requisitar mais esforço muscular do que outros, ou um tipo de movimento que a pessoa não está habituada a fazer.
O que é comum entre todas as pessoas que se exercitam fisicamente é uma maior energia e uma sensação de bem-estar, além de uma sensação de "eu posso", "eu consigo". Isso deve ser feito gradualmente, de preferência sempre com a ajuda de um profissional. Não é preciso apostar corrida ao redor de um bosque com um corredor já treinado para tanto. A prática de exercícios não é uma competição com as outras pessoas, mas uma superação dos próprios obstáculos, uma competição consigo mesmo. E o corpo responde a todos os estímulos, dando sinais importantes ao ‘novo atleta’: mais energia e vigor durante o dia, soluções para os problemas rotineiros vêm à mente com maior clareza e rapidez, idéias novas brotam como que do nada. Com persistência e treino, cada dia pode significar uma realização. Mas é preciso ter uma meta, ao começar a fazer exercícios, e observar os próprios limites.